O Paraná já movimenta suas estruturas para se adaptar às significativas mudanças com a implementação da Reforma Tributária, que começarão a ser testadas a partir de janeiro de 2026. Em uma iniciativa conjunta da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), servidores e especialistas mergulharam nesta semana no curso "A Reforma Tributária e os Impactos para os Estados", buscando desvendar os desafios e as perspectivas do novo sistema.
A transição, que ocorrerá de forma gradual ao longo dos próximos anos, representa um marco decisivo para as finanças estaduais. Atualmente, a arrecadação paranaense está fortemente ligada à produção, com a substituição do ICMS pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), o foco se deslocará para o destino do consumo. Essa mudança pode impactar diretamente as receitas do Estado, exigindo um planejamento estratégico robusto para mitigar possíveis perdas. Diante desse novo cenário, o Estado terá a complexa tarefa de definir sua alíquota-padrão e se adaptar integralmente ao novo sistema nacional.
Para garantir a transição e a conformidade, o Paraná terá que investir em modernização tecnológica, capacitação de seus servidores e uma reestruturação administrativa. "A reforma tributária marca um momento decisivo para a vida econômica do Brasil e dos estados. Aqui no Paraná, nosso compromisso é garantir uma transição segura, transparente e eficiente. Temos muito trabalho pela frente, mas estamos preparados para construir um sistema que estimule o crescimento da nossa economia”, destaca o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara.
Durante a capacitação, especialistas da PGE e da Secretaria da Fazenda apresentaram os principais aspectos jurídicos, operacionais e estruturais do novo modelo tributário brasileiro, com foco na implementação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).